Linguagem Visual

Linguagem Visual e Espacial (Viso Espacial).

Segundo Quadros e Karnopp, “a linguagem é restringida por determinados princípios (regras) que fazem parte do conhecimento humano e determinam a produção oral ou visuoespacial, dependendo da modalidade das línguas, da formação das palavras, da construção das sentenças e da construção dos textos” [12].

Linguagem Visual
Processo Composto Mútuo

Gramática

Segundo Januário, uma gramática é basicamente um conjunto de regras que definem a formação de cadeias de palavras em uma linguagem formal e, portanto, expressa uma forte correlação entre gramática e linguagens. Portanto, uma gramática deve produzir apenas sentenças sintaticamente possíveis de uma determinada linguagem [13].

A Libras possui uma gramatica diferenciada em relação à Língua Portuguesa e independe da linguagem oral, pois a ordem na formação de um enunciado obedece regras próprias que refletem a forma de um surdo processar suas ideias e descrevê-las (Strobel e Fernandes, 1998) [14].

Escrita do surdo

No Brasil, determina-se que a escrita do surdo seja baseada na Língua Portuguesa. Ou seja, precisa-se aprender a Língua Portuguesa. No entanto, há uma grande dificuldade dos surdos em relação ao aprendizado da Língua Portuguesa. Isto pois, trata-se de uma língua baseada em fonemas. Ou seja, que respondem a associações com unidades sonoras da língua, o que impossibilita ao surdo a ligação desta associação (Januário et al., 2010) [13].

Visando a acessibilidade do surdo, o teclado tradutor de texto Libras-Português, como visto em (Dantas, 2018) [15], tem como finalidade de facilitar cada vez mais a comunicação escrita entre surdos e ouvintes. Dessa forma, o teclado tradutor tem como objetivo permitir ao surdo o uso escrito da sua língua.

A comunidade surda encontra-se excluído da prática cognitiva promovida pela leitura e escrita, da qual Mariana Rossi Stumpf afirma que dá pra filmar em língua de sinais. Mas vale lembrar que filmar não é escrever e a escrita é muito importante, pois significa dar conhecimento, aprendizagem, é a metalinguística, minha prática de reflexão da língua de sinais. (Stumpf, 2015). <Ir>

Fonologia Visual

Conforme a contribuição vista em (Karnopp, 1999) [3], sobre a temática fonológica, no qual se compara a Língua de Sinais com a Língua Oral, destaca-se maior conjunto fonológico para a Língua Visual comparada à Língua oral, como elucidado no trecho a seguir:
A proposta de Stokoe de que a configuração de mão (CM), movimento (M) e locação (L), são fonêmicos na ASL é uma ideia atrativa e antiga. Entretanto, o segmento em si, mais do que os aspectos de um segmento, é a unidade da ASL, que carrega a função contrastiva de um fonema. Uma olhada preliminar no número de possíveis seguimentos contrastivos na ASL sugere que o número será consideravelmente maior do que aqueles encontrados nas Línguas Orais. Se este for o resultado depois de uma análise detalhada, então isto representa uma diferença muito interessante de modalidade. (Liddell, 1984).

Como visto em (Xavier, 2006) [4], destaca-se que Liddell observou que a sequencialidade também pode ser usada distintivamente, da mesma forma que é nas línguas orais. De acordo com os achados do autor, é possível encontrar nas línguas sinalizadas pares de sinais que contrastem unicamente pela ordem em que as especificações de um mesmo parâmetro é realizado. Doravante, Liddell (1984) propôs uma estrutura sublexical, diferente da proposta de Stoke, por incluir a sequencialidade, análoga ao que ocorre nas línguas orais.

Praticamente todos os modelos de fonologia de sinais permitem a sequencialidade, como uma sequência de estática e segmentos dinâmicos (Liddell, 1984; Sandler, 1986; Liddell e Johnson, 1989; Perlmutter, 1993), ou uma sequência de unidades de tempo abstratas em que apenas os pontos de extremidade não dinâmicos acabam associando (van der Hulst, 1993; Brentari, 1998), como apresentado por Rawski (2019). [5]

Linguagem visuoEspacial

Modelagem da Escrita Linear de Sinais:

  • Processo singular.
  • Objeto: mão, elemento polegar.
  • Ação: Articulação tipo Cela Cinesiologia
  • Alvo: junção Trapézio Metacarpo. [1]
Articulação tipo Cela
Figura 1: Articulação tipo Cela (adaptado de Dumont et al, 2009). [2]

A junção dos ossos Trapézio e Metacarpo do dedo Polegar possui articulação tipo cela, com dois planos ortogonais de movimentos, k(z,x) e k(y,z), como ilustra na Figura 1. Saber mais …

k(z,x): Contorno Côncavo no Plano Abdução/Adução.

k(y,z): Contorno Convexo no Plano Flexão/Extensão

Testar conhecimento: Visualizar as configurações de mãos e identificar as letras na imagem <acessar imagem> que corresponda ao contorno k(z,x). Responder, clicando em uma opção a seguir, para a letra na imagem que corresponda à configuração de mão para o contorno k(z,x). Opções: (letra E) ; (letra F) ; (letra G) ; (letra H) ; (letra I)

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